Oportunidade de negócios: aguardando liberação dos cassinos, empresas de Las Vegas investem em casas de apostas no Brasil
MGM, Caesars e Hard Rock estão entre os conglomerados de resorts e cassinos que desejam investir no mercado brasileiro.
Diversos conglomerados estrangeiros estão no aguardo da aprovação do Projeto de Lei 2234/22, que visa a legalização de cassinos, bingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo no Brasil. Esperando a liberação dos estabelecimentos físicos, empresas de Las Vegas, Estados Unidos, estão investindo em plataformas digitais de apostas esportivas no Brasil.
Entre esses investidores, estão o MGM Mirage e Caesars Entertainment que já buscaram parceiros brasileiros e se inscrevem no sistema do Ministério da Fazenda para obter a licença federal de operação de apostas esportivas. Outra multinacional que está atento à regulamentação brasileira. A rede hotéis e cassinos Hard Rock Café está construindo resorts no país já com um espaço separado implantar futuros cassinos.
A subsidiária de apostas esportivas da Ceasars, o Caesars Sportsbook, tem como parceiro no país a Big Brazil. “Para nós, o jogo físico, caso venha a ser regulamentado no Brasil, é um caminho natural que a gente vai seguir para pedir uma licença também”, disse à Folha de S. Paulo, o presidente da Caesars Sportsbook no Brasil, André Feldman.
Também em entrevista para a Folha, o vice-presidente do Hard Rock Cafe para América Latina, Alex Pariente, comentou sobre a expectativa de entre no mercado de cassinos no Brasil. “Estamos avaliando todas as possibilidades no mercado. Seria gratificante trazer a nossa marca também para esse setor quando surgir a oportunidade”, declarou.
“O mercado brasileiro sempre foi muito importante para a Hard Rock International, o país contribui significativamente para o número de turistas que visitam as nossas propriedades nos EUA e outras partes do mundo”, complementou Pariente.
O projeto de legalização dos jogos de azar no Brasil tem gerado intensos debates entre os parlamentares do país. Em audiência pública realizada no Senado em 9 de agosto, o relator do projeto, Irajá Abreu (PSD-TO), afirmou que “o projeto, depois de aprovado, será um grande divisor de águas no turismo brasileiro”.
Também participando da reunião, Carlos Henrique Sobral, o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos, ligado ao Ministério do Turismo, declarou que a pasta estima que a implantação dos estabelecimentos de jogos de azar físicos pode gerar mais de 650 mil empregos e mais de R$ 74 bilhões em arrecadação de impostos para o país.
A do Projeto de Lei 2234/22 sofre grande resistência dos senadores da Bancada Evangélica.
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