Cassinos no Brasil: senador considera que locais de jogos físicos são melhores de fiscalizar do que plataformas online
Para Irajá Abreu, os cassinos geram mais empregos e aumentam o turismo.
O senador Irajá Abreu (PSD-TO) concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo em que comparou as apostas esportivas aos cassinos físicos. O parlamentar é o relator do Projeto de Lei 2234/22, que visa a legalização de cassinos, bingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo no Brasil. Na visão do senador, os estabelecimentos físicos permitem que o governo faça uma melhor fiscalização do que as plataformas visuais.
Para o parlamentar, a liberação dos jogos físicos é mais interessante para o país dos que as apostas de quota fixa. “Eu fico ainda mais animado com a aprovação do projeto dos jogos físicos. Porque, na verdade, o jogo físico é a parte boa dos jogos, porque tem a geração de emprego, geração de renda, você movimenta a economia real, a construção civil”, afirmou Irajá.
“Os indicadores dos outros países que já aprovaram o jogo físico, o jogo responsável, provam por A mais B que foram decisões acertadas, que [o jogo físico] movimentou o turismo desses países. É o cenário que a gente vislumbra também aqui no Brasil”, complementou o senador.
Ainda sobre a questão da fiscalização, o parlamentar explicou porque entende que os jogos físicos são mais fáceis de monitorar. “O governo tem condições de fiscalizar. Se você tem um estabelecimento físico, você pode mandar a polícia fiscalizar, você pode controlar o acesso das pessoas, a Receita Federal pode auditar, então é diferente”, declarou.
“Agora, vai cercar as empresas de aposta online. Elas funcionam em outros países, muitos paraísos fiscais. Como que você impede o acesso de crianças e adolescentes a esses sites?”, questionou Abreu.
Além dos possíveis benefícios da liberação de cassinos e do jogo do bicho, Irajá também comentou sobre as principais críticas que a proposta recebe. “Nós vamos criar um ambiente muito mais saudável, porque vamos convidar empresas sérias e idôneas para entrar nesse mercado. Hoje, o mercado é completamente dominado pelas milícias e pelo crime organizado”, disse.
A principal oposição ao projeto, no Senado, é da bancada evangélica. “Nós temos o apoio necessário para essa pauta ser votada e aprovada. Não é uma pauta religiosa, não é uma pauta ideológica. É uma agenda econômica positiva para o Brasil”, finalizou Irajá.
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