Saiba quais são as projeções da ANJL para arrecadação de impostos e geração de empregos no setor de apostas em 2025

A expectativa é de que o setor de apostas renda mais de R$ 20 bilhões em impostos para o governo brasileiro.
A expectativa é de que o setor de apostas renda mais de R$ 20 bilhões em impostos para o governo brasileiro.

Mercado começará a operar de forma regulamentada a partir de 1º de janeiro.

A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), que representa algumas empresas do setor de iGaming no Brasil, publicou uma projeção de como deve ser o ano de 2025 para a indústria de jogos de azar, que passa a operar de forma regulamentada a partir de 1º de janeiro. De acordo com a entidade, a expectativa é de que o setor renda mais de R$ 20 bilhões (USD 3,3 bi) em outorgas e impostos para o governo brasileiro, além da geração de mais de 60 mil empregos só em 2025.

Essa arrecadação deve ser alcançada somando o pagamento pelas licenças de operação com o recolhimento de 12% de Gross Gaming Revenue (GGR), que corresponde ao lucro das empresas de apostas, e ainda algumas taxas. Essa carga tributária pode chegar a cerca de 36%.

Quanto à geração de empregos, a Associação estima que os novos cargos de trabalho, diretor e indiretos, devem ser formados em diferentes pontos da cadeia de serviços que compõem o universo das apostas, como entretenimento, publicidade, tecnologia e jurídico.

Segundo a ANJL, o mercado brasileiro de apostas deve se tornar o maior da América Latina e possivelmente o terceiro ou quarto do mundo. A instituição explicou que, a partir de janeiro, só poderão operar os sites com o domínio “bet.br”, o que aumenta a transparência do setor.

A regulamentação do setor proporcionará a fiscalização das plataformas para impedir o acesso de menores de idade com ferramentas como o reconhecimento facial. Parte dos recursos dos impostos da indústria será destinada ao Ministério da Saúde para a prevenção e combate ao vício em jogos.

Apesar das boas expectativas, a ANJL ainda observa desafios a serem superados no setor, a exemplo da dificuldade para bloquear sites ilegais, algo que foi afirmado pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri.

Outro problema observado pela ANJL é que a taxação, que na visão da entidade já é alta, pode ficar ainda maior com a possível aprovação pelo Congresso Nacional da inclusão das apostas esportivas na lista do Imposto Seletivo. Para a instituição, o imposto excessivo poderia aumentar o desinteresse das empresas sérias de atuar no país e fazer crescer o mercado de plataformas irregulares.

Outro problema que poderia elevar o número de plataformas irregulares seria a proibição da publicidade de casas de apostas, algo que está sendo discutido no Congresso. As empresas do setor de iGaming, baseando-se em experiências internacionais, acreditam que menos informações divulgadas pela publicidade podem levar o público a ter dificuldade de distinguir um site regularizado de um ilegal.

Veja também: Nova integração: Grupo Responsa Gamming Brasil se associa à ANJL

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Apostas esportivas Indústria de jogos Jogos de azar Regulamentação do jogo