Influenciadores deixam o Maranhão para continuar divulgando jogos considerados ilegais no estado

Influenciadores divulgam links de jogos ilegais em suas redes sociais (Imagem: Reprodução G1)
Influenciadores divulgam links de jogos ilegais em suas redes sociais (Imagem: Reprodução G1)

Influenciadores estão migrando para estados do Ceará e Piauí onde não há restrições

Maranhão.- Influenciadores digitais do Maranhão estão deixando o estado para continuar promovendo jogos de azar considerados ilegais, como o Fortune Tiger. Esse movimento ocorre em resposta à sanção da Lei estadual Nº 12.099, que proíbe a divulgação, por influenciadores digitais, de jogos de azar ou cassinos online comercializados por pessoas físicas e jurídicas, disponibilizados por plataformas estrangeiras.

O jogo Fortune Tiger, anteriormente alvo de uma operação policial em 26 de setembro, já estava sob investigação de como influenciadores digitais lucravam ao apoiar e divulgar o jogo de apostas. Antes disso, a promoção do jogo já era considerada ilegal, em conformidade com a Lei de Contravenções Penais que proíbe jogos de azar cujo dependa da sorte. Agora, com a Lei estadual Nº 12.099, influenciadores também podem sofrer sanções administrativas, incluindo multas de até R$ 1 milhão.

De acordo com o portal g1, a maioria dos influenciadores estão migrando para lugares onde a prática não prevê punições administrativas estaduais, como os estados do Ceará e Piauí. Morando nestas regiões, muitos seguem promovendo os jogos e divulgando links.

Ainda de acordo com a publicação, a Polícia Civil está monitorando todos os influenciadores do Maranhão que se deslocaram para outras regiões, alegando estar ciente da movimentação dos profissionais.

“Temos ouvido falar e acompanhado. Estamos observando e como estão se movimentando. É normal isso, depois de nossas ações vem as estratégias para fugir. É normal para todo tipo de crime. Então hoje a gente está acompanhando para ver lá na frente o que pode ser feito. Se estiver acontecendo aqui no Maranhão [divulgação de jogos ilegais], corre o risco de sofrer novas intimações”, declarou Augusto Barros, superintendente Estadual de Investigações Criminais, no Maranhão.

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