Cresce número de auxílio-doença do INSS por vício em jogo

O Ministério da Saúde considera que o jogo patológico acontece quando há episódios frequentes de jogo que dominam a vida do sujeito.
O Ministério da Saúde considera que o jogo patológico acontece quando há episódios frequentes de jogo que dominam a vida do sujeito.

Os números de pessoas com patologia em jogos de azar subiu de oito, em 2020, para 36, em 2023.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou um aumento no número de pessoas que receberam o auxílio-doença por vício em jogos. Em 2020, foram oito pessoas que solicitaram o benefício. Já no ano de 2023, essa quantidade subiu para 36, o que representaria um crescimento de 350% nos últimos três anos.

Esses dados foram conseguidos pelo site Metrópoles através da Lei de Acesso à Informação. Mesmo os números relacionados à ludopatia entre os beneficiários do INSS serem muito menores em relação a outros vícios, como o álcool, que afetou 4,3 mil pessoas, houve um salto considerável recentemente. De 2020 para 2021, os casos de vício em jogo subiram de oito para dez. Já de 2021 para 2022, o número subiu uma unidade. Só que de 2022 para 2023, os pagamentos de auxílio-doença foram de 11 para 36.

Segundo o Ministério da Saúde, é considerado que uma pessoa sofre com o transtorno do jogo patológico quando “há episódios repetidos e frequentes de jogo que dominam a vida do sujeito, em detrimento dos valores e dos compromissos sociais, profissionais, materiais e familiares”.

As apostas esportivas foram regulamentadas final de dezembro do ano passado e parte da legislação trata justamente sobre medidas de combate ao vício em jogos, ressaltando o jogo responsável. Há propostas de lei ainda em tramitação que têm o objetivo de evitar o superendividamento.

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