Presidente do IBJR afirma que patrocínios no futebol podem ser afetados com alta taxação das casas de apostas
Segundo Andre Gelfi, o valor da taxação presente no texto do PL aprovado pela Câmara precisa ser revisto.
O presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), Andre Gelfi, expressou preocupação de que o projeto de lei destinado a regular apostas esportivas online no Brasil possa influenciar a disponibilidade de patrocínios para equipes e torneios de futebol.
Em entrevista à CNN, Gelfi declarou que “quando você encurta o tamanho do cobertor com a tributação excessiva, você também está limitando a possibilidade de investimentos no futebol continuarem sendo feitos. Ao dificultar a competitividade desse mercado, vão ter menos operadores, uma oferta de patrocínio menor e, consequentemente, vai impactar principalmente os campeonatos que mais precisam, os de segunda linha”, afirmou.
O projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas e jogos de cassino online no Brasil foi aprovado pela Câmara dos Deputados em setembro e está em tramitação no Senado. Ele propõe uma taxa de 30% sobre os ganhos acima de R$ 2.112 para apostadores, equiparando-se à taxa das loterias. Além disso, a lei sugere uma taxa de 18% sobre a receita bruta das apostas online, após descontar os prêmios pagos aos apostadores.
Gelfi argumentou que é necessário revisar o valor da taxa de imposto e demonstrou preocupação com o mercado paralelo. “Taxar os prêmios ganhos pelo apostador não é de fato uma tributação sobre a renda, mas sim sobre o patrimônio. Quando você tributa cada prêmio, está inviabilizando a competitividade desse mercado que está querendo formalizar. O mercado paralelo de apostas tem tudo para prosperar se essa dinâmica persistir”, concluiu.