Combate à manipulação de resultados: entidades de integridade se reúnem com Ministério do Esporte

Instituições deram sugestões para a construção de uma portaria de prevenção e combate à manipulação de resultados. (Foto: Divulgação)
Instituições deram sugestões para a construção de uma portaria de prevenção e combate à manipulação de resultados. (Foto: Divulgação)

Participaram da reunião, o Comitê Olímpico Brasileiro, a ANJL e a IBIA.

O Ministério do Esporte, através da Secretaria Nacional de Apostas Esportivas e Desenvolvimento do Esporte, recebeu representantes de diferentes instituições para discutir a integridade do esporte brasileiro e o mercado de apostas esportivas. Participaram da reunião, o secretário da pasta, Giovanni Rocco Neto, juntamente com outros diretores do órgão público.

Os membros do governo receberam integrantes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) e da International Betting Integrity Association (IBIA). As entidades debateram os principais desafios para garantir a integridade no esporte e ainda deram sugestões para a construção de uma portaria de prevenção e combate à manipulação de resultados.

A ANJL, que é uma instituição que representa dezenas de empresas da indústria de iGaming, mandou como representantes o presidente Plínio Lemos Jorge e os consultores jurídicos Ana Bárbara Teixeira e Pietro Cardia. A IBIA, uma das maiores entidades internacionais de monitoramento de eventos esportivos do mundo, levou para a conferência a diretora de Relações Institucionais Silvia Paleari e o consultor de projetos Antonio Abdilla Zefara.

Já o COB foi representado por Paulo Schmitt, o coordenador da Divisão de Prevenção à Manipulação de Competições, além do diretor jurídico Luciano Hostins.

O presidente da ANJL ressaltou que a manipulação de resultados é prejudicial para todos os setores. “Desde o ano passado, quando foram deflagradas as primeiras operações fruto de investigações da polícia e do Ministério Público, a ANJL vem afirmando o quão prejudiciais são as manipulações de resultados para todo o setor. Esses esquemas ‘quebram a banca’ das casas de apostas e ainda colocam em xeque a reputação e a credibilidade dos eventos esportivos no Brasil. Ou seja, é ruim para todo mundo, inclusive o apostador íntegro”, argumentou Lemos Jorge.

Na semana passada, a Associação Nacional de Jogos e Loterias foi uma das cinco instituições que assinou uma “carta aberta à nação” para se defenderem de críticas, especialmente as que associam o aumento do endividamento da população ao consumo de apostas.

No documento, as entidades afirmaram que o Brasil vive um “momento histórico” com a regulamentação da indústria de apostas, mas que alguns setores econômicos têm manifestado “preocupações precipitadas” sobre os impactos desses serviços de entretenimento na população. As empresas de apostas afirmam querer “manifestar o seu compromisso com a proteção dos consumidores, a transparência e o combate a quaisquer práticas nocivas”.

Veja também: Suspensão de sites de apostas: ANJL apoia a portaria do Ministério da Fazenda

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