CEO da SIGA demonstra preocupação com crescimento desregulado do mercado de apostas

CEO da SIGA comentou sobre o aumento no vício em jogos de azar. (Imagem: Reprodução/YouTube/CNN Esportes)
CEO da SIGA comentou sobre o aumento no vício em jogos de azar. (Imagem: Reprodução/YouTube/CNN Esportes)

Emanuel Macedo de Medeiros considera que situação é alarmante.

O CEO da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), Emanuel Macedo de Medeiros, concedeu uma entrevista ao programa de TV CNN Esportes S/A no domingo (17). O executivo da entidade de integridade esportiva internacional demonstrou preocupação com o crescimento desregulado de operadoras de apostas esportivas.

O executivo declarou que entende que as casas de apostas são importantes para elevar a arrecadação dos clubes do futebol brasileiro e também dos campeonatos, mas vê com receio a entrada sem vigilância de empresas estrangeiras que não comprovarem a procedência.

“Há situações nebulosas de empresas que estão domiciliadas em paraísos fiscais, em jurisdições completamente opacas, sem qualquer governança, sem integridade, sem qualquer transparência. Nós não podemos permitir que o futebol no Brasil ou em qualquer outro país seja permeável a infiltrações de organizações obscuras, organizações que não são lícitas”, disse Medeiros.

A SIGA é uma instituição que tem como um dos seus objetivo buscar que o esporte seja praticado no mundo sem manipulações de resultados. Pensando nesse tópico, a entidade assinou, no dia 13 deste mês, um acordo de cooperação com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Emanuel Macedo de Medeiros demonstrou também sua preocupação com o crescimento no número de pessoas viciadas em jogos de azar. “A situação é alarmante. Há de fato uma crise de adição ao jogo, que afeta os jogadores do mais alto nível”, comentou durante a entrevista à CNN Esportes.

“É preciso legislar que tipos de apostas podem ser oferecidas, porque algumas apostas pela sua natureza são atentatórias à dignidade e à integridade do esporte. Mas é preciso legislar pela reputação dos atletas, inclusive dos mais vulneráveis, os mais jovens, e isso não está sendo feito”, finalizou o CEO da SIGA.

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