Saiba quando será o julgamento da constitucionalidade da lei das bets no STF

Audiência pública segue até esta terça-feira (12) com debates sobre o tema das apostas no Brasil. (Foto: Rosinei Coutinho -STF)
Audiência pública segue até esta terça-feira (12) com debates sobre o tema das apostas no Brasil. (Foto: Rosinei Coutinho -STF)

Previsão foi anunciada por Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal.

No primeiro dia da audiência pública sobre as bets no Supremo Tribunal Federal (STF), realizada nesta segunda-feira (11), o ministro Luiz Fux declarou que a análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) contra a Lei 14.790/23, que regula as apostas esportivas e os jogos online no Brasil, será realizada apenas em 2025.

Fux indicou que o julgamento sobre a validade da lei ocorrerá no primeiro semestre do próximo ano, mas mencionou a possibilidade de uma decisão liminar para o setor. Ele afirmou que considerará a necessidade de uma medida provisória após dialogar com outros Poderes.

Para fomentar o diálogo sobre a regulamentação do setor, ocorrem nesta semana audiências públicas que discutem seu impacto, com a participação de ministros do governo federal, representantes de instituições financeiras e especialistas. A abertura do evento foi nesta segunda-feira (11), e mais convidados estarão presentes na terça-feira (12).

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No discurso de abertura, Fux afirmou que a audiência pública visa uma decisão judicial plural, incluindo temas como saúde mental, economia, lavagem de dinheiro, transparência, publicidade e direitos dos apostadores. Ele também mencionou a necessidade de ajustes imediatos à lei.

“Isso aí ficou bem claro, que precisa de um ajuste bastante imediato. Então eu vou conversar com os Poderes, vou também analisar o conjunto das informações e aí vamos avaliar se, antes do julgamento do mérito, que deve ocorrer no primeiro semestre de 2025, se há necessidade da denominada providência de urgência”, comentou Fux.

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O ministro ressaltou que o plenário analisará a constitucionalidade da lei, mas que, no momento, é necessário avaliar se cabe alguma medida urgente, especialmente em relação à ludopatia e ao impacto financeiro das apostas nas populações mais vulneráveis.

“Os problemas que foram aqui aventados, reativos à comunidade carente, aos problemas mentais e aos outros graves problemas que foram destacados, leva-nos à ideia de que esse julgamento tem que ser urgente”, afirmou Fux.

O ministro afirmou ainda que a decisão sobre o tema deve levar em conta seis eixos, sendo eles:

  • vícios e endividamentos de indivíduos;
  • roubos de dados;
  • envolvimentos de menores de idades;
  • lavagem de dinheiro;
  • dificuldade de fiscalização desse dinheiro;
  • malefícios à saúde mental dos apostadores.

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