Fernando Haddad discute o jogo responsável e o impacto da regulamentação das apostas

Fernando Haddad debateu regulamentação das apostas e os impactos positivos e negativos. (Imagem: Reprodução/Band Jornalismo/YouTube)
Fernando Haddad debateu regulamentação das apostas e os impactos positivos e negativos. (Imagem: Reprodução/Band Jornalismo/YouTube)

O ministro da Fazenda, em entrevista a um canal de televisão, destacou também a expectativa de arrecadação com as apostas esportivas e cassino online no Brasil.

São Paulo.- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou da edição do domingo (17), do programa Canal Livre, da Band. Na oportunidade, entre os temas debatidos, ele analisou o impacto econômico da regulamentação das apostas esportivas e cassinos online para o Brasil e a importância de o estado criar ferramentas para combater o vício ao jogo.

A regulamentação desse setor foi inicialmente publicada através da Medida Provisória 1.182/2023, no dia 25 de julho, que posteriormente foi transformado em Projeto de Lei que foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (13). Agora, a pauta aguardando a análise do Senado Federal. O texto final do relator integrou ainda os cassinos online nessa mesma lei.

Para Fernando Haddad, a aprovação dessa pauta é reflexo das mudanças sociais da atualidade. “O mundo digital provocou uma mudança tão grande nos hábitos da população que é difícil com a rede mundial de computador impedir alguém de fazer uma aposta. Como você vai impedir alguém de entrar em um site e fazer uma aposta?”, questionou o ministro.

Na visão do ministro da Fazenda, o papel do estado nesse caos, é disciplinar a população para evitar os problemas que o jogo irresponsável pode causar. “Se o estado der as costas para esse mundo e fingir que não existe, ele fará um mal para a população. O certo é reconhecer a existência dessa questão e disciplinar o setor para evitar que a pessoa se vicie, para inibir a aposta de quem já está apostando muito. Isso tudo é monitorado no exterior. Você faz um monitoramento das pessoas e muitas vezes, as pessoas são tratadas”, declarou.

O ministro aproveitou ainda para falar sobre a expectativa de arrecadação com o setor regulamentado. Segundo ele, o recolhimento de recursos deve superar as projeções do PL que foi enviado ao Congresso. “Ano que vem será mais do que imaginava. No PL que nós mandamos não consta sequer um bilhão de reais porque a Receita Federal é muito conservadora para prever receita no orçamento. Botamos R$ 700 milhões e respeitamos a autonomia da Receita. Mas, dará muito mais do que esse previsto”, concluiu Haddad.

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