Desapontado com desfecho da CPI da Manipulação do Futebol, relator afirma que seguirá dedicado ao tema
O relatório da comissão não foi votado devido a um pedido de vista no último dia de funcionamento, levando ao encerramento da CPI sem um relatório.
Brasília.- Após a conclusão sem a aprovação do Relatório Final, a CPI da Manipulação do Futebol pode agora resultar em implicações concretas. O deputado federal Felipe Carreras (PSB/PE), que atuou como relator da comissão, tomou a decisão de formalizar os quatro Projetos de Lei mencionados no relatório.
Sem a aprovação do relatório, os trabalhos da CPI teriam pouquíssimos impactos práticos. O relatório de Carreras não incluía acusações formais, mas continha sugestões de reformas nas regulamentações das apostas esportivas no Brasil. O deputado aproveitou sua prerrogativa parlamentar para apresentar os Projetos de Lei, uma vez que a CPI, sem o relatório aprovado, não teria autoridade para prosseguir com as iniciativas propostas.
Em comunicado, o presidente da CPI, Júlio Arcoverde (PP/PI), declarou que os membros do parlamento tiveram tempo adequado para examinar o relatório.
“O foco principal da CPI, que era a manipulação de resultados em partidas de futebol, está contemplado no relatório final, inclusive com a apresentação de propostas legislativas para evitar a repetição dos atos ilícitos investigados e as devidas recomendações e encaminhamentos”, declarou.
A CPI da Manipulação do Futebol começou em maio com o propósito de investigar denúncias de manipulação de jogos no futebol brasileiro, um tema que já estava sob investigação pelo Ministério Público de Goiás (MP/GO) através da Operação Penalidade Máxima.
Durante os 132 dias de operação, a CPI ouviu depoimentos de dirigentes da CBF, jogadores sob investigação do MP/GO, representantes de casas de apostas, empresas de marketing esportivo e órgãos de transparência esportiva.