CPI da manipulação do futebol acaba sem votação do relatório final

CPI encerra os trabalhos de forma inconclusiva. (Imagem: Reprodução/Câmara dos Deputados/YouTube)
CPI encerra os trabalhos de forma inconclusiva. (Imagem: Reprodução/Câmara dos Deputados/YouTube)

Comissão estourou o tempo estipulado pelo presidente da Câmara sem chegar a uma definição.

Brasília.- A sessão desta terça-feira (26) da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a manipulação de resultados em jogos de futebol no Brasil (CPI-FUTE) encerrou sem a votação do parecer final do relator Felipe Carreras (PSB-PE). O motivo de o pleito não acontecer foi por conta de um pedido de vistas de quatro parlamentares, foi a segunda vez que a pauta foi adiada por motivo semelhante. Como não há mais tempo hábil para novas reuniões, a comissão termina sem a validação do documento.

A CPI começou no mês de maio, contou com 22 reuniões em que foram convidados diversos profissionais do setor de apostas esportivas, representantes da arbitragem, dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), além de empresas especializadas em analisar casos suspeitos de manipulação.

A Comissão chegou ao tempo máximo estipulado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que havia dado aval para que a CPI-FUTE se estendesse por mais 12 dias, mas o período não foi suficientes para que os parlamentares da CPI chegassem a um acordo. O pedido de vistas, na última reunião, foi feito pelo deputado federal Wellington Roberto (PL-PB), endossado pelos deputados Luciano Vieira (PL-RJ), José Rocha (União-BA) e Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), sendo, por fim, registrado como “vista coletiva”.

Ao fim da sessão desta terça, o relator Felipe Carreras afirmou que não foram identificados indícios por parte das casas de apostas de envolvimento com manipulação de resultados. Pelo contrário, elas que teriam sido lesadas nesses casos.

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