CPI das Bets: Comissão avalia quebra de sigilo de 71 casas de apostas autorizadas pelo governo

CPI das Beta teve início em novembro de 2024 Foto: Saulo Cruz - Agência Senado)
CPI das Beta teve início em novembro de 2024 Foto: Saulo Cruz - Agência Senado)

Reunião acontece nesta terça-feira (11). Encontro marca o retorno das atividades na comissão.

Brasília.- Na primeira sessão de 2025, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets analisará a possível quebra de sigilo bancário e fiscal da maioria das empresas de apostas online licenciadas pelo governo federal. A reunião está agendada para esta terça-feira (11).

De acordo com a Agência Senado, a CPI das Bets analisará 97 requerimentos apresentados pelo senador Marcos Rogério (PL-RO) no início de dezembro. As solicitações incluem a quebra de sigilo de 71 das 78 empresas de apostas licenciadas pelo Ministério da Fazenda. Entre os pedidos, está o envio de relatórios de inteligência financeira (RIFs) pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), contendo informações detalhadas sobre as operações das bets entre 1º de janeiro de 2020 e 10 de dezembro de 2024.

Além disso, 11 requerimentos solicitam a convocação de testemunhas, incluindo autoridades do Banco Central e da Polícia Federal, bem como representantes de casas de apostas, como Betano e Bet7k, e de empresas de pagamento, como a Pixtopay. Como se trata de uma convocação, a presença dos citados será obrigatória.

Veja também: Presidente do colegiado defende que a CPI das Bets deve ser prorrogada

A comissão investiga o impacto das apostas digitais na economia dos brasileiros e possíveis irregularidades. Criada em novembro, a CPI tem 130 dias para concluir os trabalhos, com um orçamento de R$ 110 mil.

Os jogos criados pelo setor e que estão pendentes de regulamentação incluem as “apostas de quota fixa”, como as esportivas e os jogos online de cassino, que permitem ao apostador saber previamente o possível retorno do valor apostado.

A CPI pode resultar em propostas para mudanças na legislação e no encaminhamento das investigações para autoridades responsáveis por eventuais penalidades criminais.

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