Apostas ilegais: Ministério do Esporte pede ao YouTube bloqueio de canais que promovem plataformas irregulares

Governo brasileiro pediu que a plataforma de vídeo retire do ar 53 contas e 25 canais.
Brasília.- A Secretaria Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte (Snaede), do Ministério do Esporte, solicitou ao YouTube que retire do ar 53 contas e 25 canais que foram identificados promovendo plataformas de apostas irregulares e prometendo lucro fácil. Esses canais atraem audiências superiores a 100 mil espectadores por transmissão.
Essa solicitação acontece pouco depois de o Google, conglomerado de tecnologia que administra o YouTube, anunciar que vai adotar novas regras de publicidade na plataforma de vídeos a partir de 19 de março. A empresa vai proibir que criadores de conteúdos promovam casas de apostas e sites de cassino online que não estão legalizados no país em que o influenciador digital está sediado.
Segundo a página de suporte do YouTube, os criadores de conteúdo não poderão divulgar URLs das casas de apostas não certificadas no país. Eles também não podem incorporar links, exibir imagens ou textos, incluindo a logomarca da empresa irregular. É vedado inclusive falar qualquer coisa sobre as plataformas nos vídeos.
Ainda de acordo com as diretrizes da plataforma, conteúdos que prometem ganhos fáceis também podem ser removidos, independentemente de o site de apostas ser legalizado.
O Ministério do Esporte enviou a relação de canais do YouTube irregulares ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal e relatou o caso durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal.
Para o secretário da Snaede, Giovanni Rocco, a atitude do Google de bloquear os vídeos problemáticos “representa um avanço na proteção das famílias mais vulneráveis, que acabam sendo ludibriadas por golpistas disfarçados de influenciadores digitais”.
Veja também: Veja como o Google pretende proibir a publicidade de bets ilegais no YouTube