17% dos moradores de São Paulo utilizam regularmente plataformas de apostas online

Segundo pesquisa, 42% apostam por diversão e 25% buscam aumentar a renda rapidamente (Imagem: Divulgação / Prefeitura de São Paulo)
Segundo pesquisa, 42% apostam por diversão e 25% buscam aumentar a renda rapidamente (Imagem: Divulgação / Prefeitura de São Paulo)

Dados são de pesquisa realizada com 3.622 pessoas de diferentes classes sociais e faixas etárias na cidade de São Paulo.

São Paulo.- A Fecomércio SP divulgou uma pesquisa indicando que 17% dos moradores de São Paulo são usuários ativos de plataformas de apostas online. Esse percentual está alinhado com a média internacional, comparável à dos Estados Unidos, onde a taxa varia entre 10% e 15%.

Quanto aos gastos, cerca de 71% dos apostadores destinam até R$ 50 ou R$ 100 mensais para apostas. Esse dado indica que a maioria dos usuários se encaixa no perfil de “pequeno apostador”.

Entre os apostadores, 42% apostam por diversão, 25% buscam aumentar a renda rapidamente, 17% veem as apostas como entretenimento, 9% consideram um investimento, e 6% admitem estar viciados.

A pesquisa também perguntou sobre o destino do dinheiro se não fosse gasto em apostas: 41% o utilizariam para lazer e entretenimento, enquanto 20% o usariam para pagar contas.

Quase metade (44%) dos usuários de sites de apostas online relatam perder mais do que ganhar com seus palpites. Em contraste, 30% afirmam ter mais ganhos do que perdas, enquanto 26% indicam que suas apostas resultam em equilíbrio, sem ganhos nem perdas.

Veja também: Pesquisa revela que 49% dos apostadores prioriza facilidade de saque ao escolher plataforma de apostas

“O desejo de retorno financeiro por meio de apostas é um sinal grave de como as pessoas, em geral, têm manejado os orçamentos familiares. Muitas delas, especialmente de baixa renda, buscam rentabilidade imediata em plataformas online em vez de investir em modalidades tradicionais, mais seguras e com benefícios a longo prazo. Isso as coloca em uma situação financeira vulnerável, podendo agravar ainda mais as suas respectivas condições econômicas”, aponta a análise da Fecomércio.

A pesquisa foi realizada entre 12 e 19 de julho e incluiu 3.622 pessoas de diferentes classes sociais e faixas etárias na cidade de São Paulo.

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