Setor hoteleiro carioca teme prejuízo com a liberação de cassinos
Sindicato patronal acredita que os complexos de hotéis com restaurantes e cassinos seriam danosos para o setor hoteleiro tradicional.
Rio de Janeiro.- O Hotéis RIO, o sindicato patronal que reúne variados meios de hospedagem da cidade do Rio de Janeiro, promoveu um encontro, na segunda-feira (17), para debater as pautas do setor. Durante o encontro, realizado no Hotel Hilton Copacabana, a entidade discutiu a Lei Geral do Turismo, que tramita no Congresso, e também a liberação de cassinos no Brasil. Nesta quarta (19), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou liberação de cassinos, bingos e jogo do bicho.
Em relação à Lei Geral do Turismo, que foi aprovada no Senado e deve passar por mais uma rodada de votações na Câmara dos Deputados, aumentaria a concorrência “desleal”, na visão do sindicato, entre a rede hoteleira e as plataformas de locação.
Sobre a legalização de cassinos e outros jogos de azar, o presidente do Hotéis RIO, Alfredo Lopes, afirmou que “se for permitida a construção de complexos reunindo cassinos, restaurantes, casas de espetáculos e hotéis, como em alguns lugares no exterior, ou a instalação de cassinos em embarcações, não haverá benefícios para a hotelaria. Precisamos seguir modelos como o de Estoril, em Portugal, onde os hotéis atendem o público que joga nos cassinos, gerando renda e postos de trabalho”.
Também participou da discussão José Domingo Bouzon, o novo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) do Rio de Janeiro. Ele também opinou sobre as pautas do encontro. “Temos muitos desafios pela frente, como a Lei Geral do Turismo. Temos que reforçar nossa atuação como entidade, abordando políticos para mostrar que o nosso pleito é legítimo. Outro ponto de atenção é a questão da liberação dos jogos de azar, que poderá causar perdas de receita se for aprovada como está”, disse.
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