Senador Irajá tem reunião com ministro Haddad para discutir legalização dos jogos de azar
Fernando Haddad fez sugestões para aperfeiçoar o texto da lei.
Brasília.- O senador Irajá Abreu (PSD-TO), que foi relator, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, do Projeto de Lei (PL) 2234/22, reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na tarde da terça-feira (2). O objetivo do encontro foi debater a proposta que legaliza os cassinos, bingos, jogo do bicho, apostas em corridas de cavalos e outros jogos de azar no Brasil.
O senador foi pedir apoio de Haddad para que a aprovação em definitivo do projeto ganhe força. “Não é possível que o mundo todo está errado e apenas o Brasil esteja certo. Os países que fizeram a legalização e a regulamentação com responsabilidade disseram um basta ao jogo ilegal e ao jogo clandestino e criaram um novo ambiente de negócio nos países, gerando emprego, renda, dobrando o número de turistas que passaram a visitar estes países”, argumentou Irajá.
“Estamos falando aqui da criação de quase um milhão e meio de novos empregos”, sintetizou o senador, que entregou ao ministro dados sobre a situação da regulamentação dos jogos de azar em outros países. Segundo o levantamento do relator, a previsão é a geração de cerca de R$ 22 bilhões em impostos anualmente.
“Mais de 90% dos países do mundo regulamentaram os jogos, incluindo quase todos os do G20. Desde que seja bem disciplinado, bem feito, moralizado com a supervisão do estado brasileiro, proteção ao cidadão, é uma coisa que pode gerar emprego e renda para o nosso país”, comentou Haddad.
“Nós fizemos algumas sugestões para aperfeiçoar, são emendas de redação para aperfeiçoar o texto, mas que vão ajudar muito a disciplinar isso no Brasil e moralizar uma área de expansão de negócios dentro de regras rígidas para proteção da sociedade”, complementou o ministro da Fazenda.
Irajá comentou também sobre a expectativa pela votação do projeto de lei no Plenário do Senado. “A proposta está madura para ser votada no Plenário e temos o apoio necessário para aprovar esse projeto que é estratégico para a economia. Nós não estamos tratando aqui de uma agenda ideológica, é uma agenda econômica, social, a geração de emprego, renda, impostos que vão ser revertidos em projetos nas áreas essenciais”, disse.
O relator afirmou nos últimos dias que pretende se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir celeridade na tramitação da proposta, de preferência que ela seja votada até o dia 17 de julho, ou seja, antes de iniciar o recesso parlamentar.
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