Rio de Prêmios: Loterj cobra dívida de R$ 36 milhões da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa

Empresa que operava o Rio de Prêmios parou de repassar os recursos para a Loterj.
Empresa que operava o Rio de Prêmios parou de repassar os recursos para a Loterj.

Instituição portuguesa é MCE Intermediações e Negócios.

Rio de Janeiro.- A Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) está cobrando uma dívida no valor de R$ 36 milhões da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa (SCML), instituição que é a principal acionista da MCE Intermediações e Negócios, empresa que operava o jogo lotérico Rio de Prêmios. Como a MCE não repassou o dinheiro das vendas dos bilhetes para a Loterj, a autarquia carioca acredita que a acionista majoritária deve assumir essa dívida.

Recentemente, uma reportagem da SIC, canal de TV português, mostrou que não é só com Loterj que a SCML está em débito. A Santa Casa decidiu internacionalizar sua atuação no mercado de loterias e os prejuízos podem chegar a 50 milhões de euros, pelo que estima o governo de Portugal, após auditorias na instituição de mais de 500 anos de existência.

Para Hazenclever Lopes Cançado, presidente da Loterj, “o Estado português tem uma dívida com o Estado do Rio de Janeiro”. O dirigente afirmou à SIC que considera que houve “apropriação indevida” e “enriquecimento ilícito” por parte de quem administrava a MCE.

Cançado informou que desde junho do ano passado a MCE não repassou os recursos que deveria à Loterj. O Rio de Prêmios é um dos principais produtos da Loteria do Rio de Janeiro, responsável por ajudar na arrecadação para o governo do estado. Com o atraso no repasse, a autarquia parou de comercializar os bilhetes dessa modalidade lotérica desde o dia 26 de novembro.

Além de fazer negócios com a Loterj, a SCML chegou a ser escolhida para explorar, em consórcio com o Banco de Brasília, os jogos lotéricos no Distrito Federal, mas o Tribunal de Contas do Distrito Federal determinou a suspensão do acordo.

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