Regulamentação e expansão das apostas no Brasil aumentam a demanda por tecnologia jurídica

Casas de apostas vão precisar de serviço de tecnologia juridica para atender exigências de portaria.
Casas de apostas vão precisar de serviço de tecnologia juridica para atender exigências de portaria.

Empresa especializada já registrou um aumento de 40% na procura pelos serviços.

A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda publicou uma portaria que implementou novas regras para empresas de apostas e jogos online, exigindo uma análise mais rigorosa da idoneidade de organizações e seus clientes e parceiros. Assim, a mudança já se reflete no mercado, com o aumento da demanda por procura de tecnologia jurídica.

A prova disso é que, segundo artigo do site Migalhas, a plataforma Kronoos, especializada em verificações de idoneidade, já registrou um aumento de 40% nas solicitações de propostas de casas de apostas e prevê um crescimento ainda maior na demanda nos próximos meses.

Na prática, a portaria 1.143 exige que instituições de apostas e jogos classifiquem o risco de apostadores, funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceirizados. Além disso, estabelece que as empresas devem enviar um relatório anual à Secretaria de Prêmios e Apostas até 1º de fevereiro do ano seguinte, detalhando as boas práticas adotadas para cumprir as normas estabelecidas.

De acordo com Alexandre Pegoraro, CEO do Kronoos, certos requisitos da portaria tornam essencial o uso de tecnologia avançada para o funcionamento das casas de apostas.

“Essas empresas terão que fornecer relatórios detalhados sobre as condições legais e reputacionais dos usuários de seus produtos e serviços, assim como de outras organizações com as quais vierem a se relacionar para a operação de seus negócios. Humanamente, é impossível obter [sem tecnologia] este nível de informação sobre um volume tão grande de indivíduos e pessoas jurídicas como o que é necessário para garantir a saúde operacional deste tipo de empreendimento”, disse o CEO do Kronoos, Alexandre Pegoraro.

Pegoraro destaca que um aspecto técnico e complexo da portaria é a exigência de que as casas de apostas verifiquem se o apostador é uma pessoa exposta politicamente ou tem conexões próximas com alguém que se enquadra nessa categoria.

“O melhor caminho para as bets cumprirem a lei com agilidade, eficiência e menores necessidades de investimentos é contar com a parceria das empresas desenvolvedoras de tecnologia especializada para isso. Elas conseguem fazer isso tudo em questão de segundos, com um grau de assertividade altamente elevado e cobrando apenas pelo volume de uso”, explicou ao Migalhas.

Veja também: Perto de fim do prazo, Secretaria de Prêmios e Apostas publicou apenas cinco portarias

Neste artigo:
Apostas esportivas Brasil Jogos de azar Jurídico