Mulher viciada em jogos recorre à justiça para ser excluída definitivamente da Blaze

Apesar de ter solicitado sua exclusão definitiva da Blaze devido ao vício, a mulher acaba pedindo o desbloqueio da conta nos momentos de crise.
Apesar de ter solicitado sua exclusão definitiva da Blaze devido ao vício, a mulher acaba pedindo o desbloqueio da conta nos momentos de crise.

Jogadora afirma que tem gastado todo salário com apostas e está em situação de crises.

Uma mulher de 30 anos, residente em São Paulo, entrou na justiça para solicitar que a operadora de apostas Blaze seja obrigada a removê-la permanentemente de sua plataforma de jogos digitais. O caso foi noticiado na segunda-feira (09) , pelo Portal Uol.

Na ação, a mulher descreve que começou a usar a plataforma em 2022 e desenvolveu um vício, jogando compulsivamente. Ela relata que todo o seu salário é gasto em apostas, que contraiu vários empréstimos devido à falta de controle e que está em uma situação de desespero, necessitando de antidepressivos.

A reportagem revela que, embora a mulher tenha solicitado à Blaze sua exclusão definitiva devido ao vício, nos momentos de crise, ela pede o desbloqueio da conta. A empresa, mesmo ciente de sua situação, teria reativado a conta a pedido dela.

A jogadora também reclama que a Blaze envia e-mails com ofertas de bônus para reativar seu perfil. Segundo seu advogado, Glauco Ramos, essa prática tem causado prejuízos à cliente, pois a empresa negligencia sua situação ao reativar a conta, mesmo sabendo de seu vício.

Veja também: Investigação criminal contra a Blaze é arquivada pelo Ministério Público de São Paulo

Ao ser questionada, a Blaze afirmou não ter conhecimento do processo movido pela jogadora. A empresa, sediada em Curaçao, também declarou que colabora para promover o uso recreativo dos serviços de aposta.

“Estamos continuamente aprimorando nossos serviços e fortalecendo o relacionamento com nossos clientes, oferecendo ferramentas que incentivam o jogo responsável e promovem a autonomia, como a definição de limites de gastos e opções de autoexclusão temporária ou permanente”, comentou a Blaze, em comunicado.

O processo em que a jogadora compulsiva solicita a exclusão definitiva de sua conta ainda não foi julgado.

Neste artigo:
Blaze Brasil Indústria de jogos Jurídico