Durante evento, Secretaria de Prêmios e Apostas aponta preocupações com a saúde dos apostadores

Fazenda deve publicar, até julho, portarias sobre a saúde dos apostadores. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
Fazenda deve publicar, até julho, portarias sobre a saúde dos apostadores. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Secretário explicou que governo quer manter a indústria um ambiente saudável para apostadores e operadoras.

Brasília.- O secretário da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), Régis Dudena, participou do seminário “O mercado de apostas online no Brasil: os caminhos para a governança responsável”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília, na semana passada. Na oportunidade, o representante da SPA comentou sobre as preocupações da Secretaria em relação à saúde mental e financeira dos apostadores.

“As preocupações têm duas frentes de saúde: a primeira, do ponto de vista mental. E a segunda, de saúde financeira. E normalmente elas estão associadas. O que me parece importante é entender que isso é excepcionalidade, ainda que deva ser cuidada de forma muito atenta”, declarou Dudena, na oportunidade.

O secretário explicou que há previsão de que até julho sejam publicadas portarias do Ministério da Fazenda sobre a saúde dos apostadores, uma delas feita em conjunto com o Ministério da Saúde.

“Essas portarias vão cuidar daquele que, no seu entretenimento, quer dispor de parte dos seus bens para se divertir em uma atividade específica, chamada aposta de quota fixa. Enquanto isso for entretenimento, uma opção consciente, nós estamos de acordo com essa atividade. No momento em que isso deixa de ser uma escolha consciente, algo saudável para a vida desse apostador, não é de interesse do Estado, e nem mesmo dos próprios operadores, que essa pessoa continue atuando dentro desse sistema”, disse Dudena.

Também participou do evento, Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL). Ele também apresentou as preocupações, mas pela perspectiva das empresas que atuam no setor de apostas.

“As casas de apostas, por exemplo, nunca aceitaram cartão de crédito. É uma preocupação do setor. Não tem uma casa de apostas que aceite. Temos o Pix, que é um meio de pagamento genuinamente brasileiro. Apostas por menores de idade? Também não temos. Nós estamos fazendo história, com muita responsabilidade, tentando fazer desse mercado uma indústria segura. A nossa missão, como associação, é fazer desse mercado o mais justo e transparente para os operadores e para os apostadores”, declarou Lemos Jorge.

“Nesse contexto, o mercado ilegal é uma preocupação muito grande para nós. Porque essas casas, sim, fomentam esse tipo de coisa, de levar menores de idade, fomentar crédito… as casas sérias, não. O nosso compromisso é com um mercado seguro e transparente, em que as pessoas possam se divertir e que o apostador seja respeitado. Nosso desejo é que esse mercado possa ensinar as pessoas a se divertirem, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos, França e demais países”, finalizou Plínio.

Veja também: ANJL e Régis Dudena participam de seminário sobre regulamentação das apostas

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