Como o fim das operações da Arena Esportiva afeta o campeão do BBB 24, Davi Brito
Empresa de apostas não quis se adequar à legislação brasileira e vai sair do país.
A operadora de apostas e cassino online Arena Esportiva anunciou, nesta quarta-feira (25), que vai encerrar as atividades no Brasil por não concordar com a legislação federal sobre as apostas esportivas. Com isso, o vencedor do Big Brother Brasil (BBB) 2024, Davi Brito, deixa de ser o embaixador da marca depois de pouco mais de um mês.
Para anunciar a saída do Brasil, a Arena Esportiva publicou nas redes sociais: “Agradecemos a todos os clientes pela confiança e apoio durante nossa jornada”. O contrato da operadora com Davi era de R$ 250 mil por mês. Esse era o único contrato de patrocínio que o ex-BBB possuía.
Brito chegou a ter um contrato com a plataforma de iGaming concorrente Esportes da Sorte, que também patrocina o reality show da Globo. Porém a empresa decidiu anular o acordo de publicidade com Davi porque os executivos detectaram uma violação contratual.
Davi interagiu, no Instagram, com o cantor Márcio Victor em um post que promovia a plataforma concorrente Arena Esportiva. No post, Márcio Victor canta “Calma, Calabreso” e faz publicidade da empresa rival, enquanto Davi Brito questiona os palpites do cantor para o jogo Fortaleza e Vitória, pelo Campeonato Brasileiro.
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Davi tinha com a Esportes da Sorte um contrato de seis meses que garantia um pagamento fixo de R$ 300 mil, além de uma comissão de 20% sobre as apostas realizadas através do seu link na plataforma. Após a rescisão com a ex-patrocinadora, a Arena Esportiva decidiu firmar um acordo com o campeão do BBB em agosto.
A regulamentação das plataformas de apostas esportivas no país exige que as empresas se inscrevam no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), até 1º de outubro. Depois da data, quem não demonstrou o interesse em iniciar o processo regulatório não poderá operar no país.
As companhias que desejam se regularizar vão passar por uma série de avaliações. O Ministério da Fazenda pretende analisar os primeiros pedidos de autorização até dezembro. A partir de 1º de janeiro de 2025, apenas empresas que atenderem às leis e regulamentações vigentes poderão operar. As operadoras aprovadas deverão pagar uma taxa de R$ 30 milhões (USD 5,48 milhões) para iniciar suas atividades e, a partir de janeiro, devem cumprir regras de combate a fraude, lavagem de dinheiro e publicidade abusiva.
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