Senado aprova criação de CPI para investigação de manipulação de jogos no futebol
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas foi requerida pelo senador Romário (PL-RJ).
Brasília.- Durante a sessão deliberativa desta terça-feira (12), o Senado aprovou a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, que visa investigar os casos de manipulação de resultados em jogos do futebol brasileiro.
Solicitada pelo Senador Romário (PL-RJ), de acordo com a Agênica Senado, a comissão será composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, com duração prevista de 180 dias. O grupo investigará as denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, incluindo jogadores, dirigentes e empresas de apostas.
No seu pedido (RQS 158/2024), Romário destaca o aumento do dinheiro envolvido nas apostas esportivas e adverte sobre o risco de corromper jogadores e dirigentes para manipular resultados, o que poderia prejudicar a credibilidade dos jogos.
“Vale lembrar que o futebol é uma importante atividade econômica de nosso país, que gera dezenas de milhares de empregos e movimenta importante cadeia direta e indireta de geração de renda. É, portanto, dever do Estado regulamentar e fiscalizar as suas atividades, em nome do interesse público”, argumenta o senador.
No seu discurso em 6 de março, Romário afirmou que nos últimos meses têm surgido várias denúncias de manipulação de resultados em jogos de futebol no Brasil, possivelmente relacionadas às apostas esportivas.
“Após anos de mercado totalmente sem regulamentação e pela enorme quantidade de dinheiro que o setor movimenta, não podemos mais fechar os olhos para o que vem acontecendo com a integridade do nosso esporte, que é o esporte nº 1 e mais popular do planeta, a paixão de todos, não só os brasileiros, como todos nós do mundo que gostamos de futebol”, declarou Romário.
O Senador mencionou que a empresa Sportradar divulgou um relatório recente que levanta suspeitas de manipulação em 109 jogos de futebol do ano anterior.
“Isso é um absurdo, pelo menos no meu modo de ver e de entender. Isso nos coloca como o país com o maior número de partidas analisadas nesta condição”, acrescentou Romário.