Operação Jogada Ensaiada: PF cumpre mandados em dez estados e no Distrito Federal

Organização criminosa aliciava dirigentes, treinadores e atletas.
Organização criminosa aliciava dirigentes, treinadores e atletas.

Operação tem como objetivo combater esquemas de manipulação de resultados em partidas de futebol do Campeonato Brasileiro das Séries C e D e de campeonatos estaduais.

Sergipe.- Em outubro de 2022, a Polícia Federal deflagrou a Operação Jogada Ensaiada, com o objetivo de investigar possíveis casos de manipulação de resultados no futebol de Sergipe. A investigação percebeu desdobramentos dos envolvidos nos esquemas e chegou-se a um panorama muito maior, com um esquema operando em outros estados do país.

Nesta quarta-feira (9), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da operação, dessa vez com mandados de busca e apreensão em 10 estados e no Distrito Federal. No total, foram cumpridos 12 mandados nas cidades:

  • Aracaju-SE
  • Araguaina-TO
  • Assu-RN
  • Belo Horizonte-MG
  • Brasília-DF
  • Campina Grande-PB
  • Fortaleza-CE
  • Igarassu-PE
  • Rio de Janeiro-RJ
  • São Paulo-SP
  • Sumaré-SP

Cerca de 60 policiais federais foram até as casas de empresários, jogadores de futebol e apostadores suspeitos de integrarem a organização criminosa. A ação policial aconteceu após serem identificados conversas entre empresários de jogadores, dirigentes de clubes e apostadores que combinavam manipulação de eventos das partidas.

De acordo com a PF, as manipulações em ocorreram em partidas do Campeonato Brasileiro das Séries C e D, além de vários campeonatos estaduais. As apostas envolviam eventos do jogo, como número de escanteios, laterais, cartões, expulsões e até gols contra.

No esquema, os apostadores combinavam o que eles precisavam para ganhar as apostas e os jogadores realizavam em campo o que fosse combinado. Os chefes do grupo criminoso chegavam até os atletas por intermédio de dirigentes, técnicos e os outros jogadores que aliciavam aqueles que concordassem com o esquema.

A Polícia Federal estima que o grupo tenha movimentado mais de R$ 11 milhões (US$ 2,2 mi) com os golpes nos sites de apostas. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa e delitos previstos na lei geral do esporte.

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apostas de futebol Brasil Jurídico