Modernização das loterias é tema de audiência pública na Câmara dos Deputados

Audiência discutiu as ferramentas digitais que podem auxiliar as loterias. (Imagem: Reprodução / TV Câmara)
Audiência discutiu as ferramentas digitais que podem auxiliar as loterias. (Imagem: Reprodução / TV Câmara)

Segundo especialista do setor, o número total de vendas de loterias do Brasil é o mesmo de apenas um estado americano, a Flórida.

Brasília.- Aconteceu nesta semana uma audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu o futuro das loterias no Brasil. A sessão aconteceu em acordo com o requerimento de nº 11 de autoria do deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE), com o tema “alternativas digitais de intermediação de jogos de apostas”.

Foram convidados para participar da audiência, Alessandro Dessimoni, diretor jurídico da Associação dos Intermediadores Digitais de Jogos Lotéricos (AIDIGLOT) e do professor Sydnei Marssal de Oliveira, da Fundação Getúlio Vargas. A sessão foi na terça-feira (8).

Dessimoni começou a sua fala lembrando que recentemente uma comitiva brasileira foi aos Estados Unidos para conhecer o sistema de loteria descentralizada que opera por lá. Ele explicou, usando o exemplo do Brasil, como as ferramentas digitais facilitam a vida das pessoas que querem jogar na loteria, mas não querem ir pessoalmente ao ponto de venda.

“É uma grande participação. Nos últimos cinco anos, foram cerca de R$ 223 milhões arrecadados de impostos ao Governo Federal por apenas um associado, por exemplo”, afirmou Dessimoni sobre a contribuição das Loterias Caixa para a economia do país.

O diretor jurídico da Associação dos Intermediadores Digitais de Jogos Lotéricos explicou ainda que o Brasil tem potencial subaproveitado na arrecadação lotérica. “Um caminho para aumentar a capilaridade pode ser a ampliação dos canais de intermediação online e não necessariamente ampliar o número de pontos físicos. Aqui no Brasil, temos o mesmo número de pontos de venda físicos que o estado da Flórida”, ressalta o diretor.

Dessimoni explicou ainda que, no Brasil, o valor médio de aposta per capta é de US$ 10, enquanto nos Estados Unidos é de US$ 104 e em Portugal chega a US$ 197. A expectativa do setor é que os intermediadores digitais podem ajudar na arrecadação, consequentemente com o desenvolvimento econômico e social, além de geração de empregos.

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