COI aguarda desdobramento da MP das apostas esportivas para se posicionar
O Comitê Olímpico Internacional afirmou que ainda não vai se manifestar sobre possíveis interferências do governo brasileiro nos recursos.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que manterá silêncio por enquanto acerca da potencial intervenção do governo federal na gestão dos recursos dos comitês brasileiros vinculados a instituição. De acordo com as normas no estatuto do COI, essas organizações estão proibidas de sofrer qualquer forma de interferência governamental, sob risco de serem excluídas do cenário olímpico.
Na visão do comitê, até o momento, não houve ações concretas além da publicação de instruções na Medida Provisória que rege as apostas esportivas. A MP exige que os repasses públicos sigam certas regras, mas ressalta que o texto não é definitivo.
Em resposta às preocupações sobre a potencial interferência governamental nos comitês esportivos, o Ministério do Esporte afirmou que não tem intenção de violar a autonomia dessas organizações. De acordo com a pasta, a medida provisória é um regulamento previsto na lei, que trata da destinação dos recursos arrecadados com loterias, mas nunca foi efetivamente editada.
O desentendimento entre o Ministério do Esporte e o COI ocorre exatamente durante o mandato de Ana Moser como ministra. Recentemente, um e-mail enviado por ela em 2009 aos membros do conselho do COI ressurgiu, no qual ela solicitou que não escolhessem o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Na mensagem, Ana Moser argumentava que a cidade e o país não estava preparado para sediar o evento e que a maioria da população não apoiava essa iniciativa.