Integridade esportiva: seminário internacional debateu combate à manipulação de resultados

O seminário abordou temas relacionados à integridade, prevenção e corrupção no ambiente esportivo. (Foto: Roberto Caldas/Ministerio do Esporte)
O seminário abordou temas relacionados à integridade, prevenção e corrupção no ambiente esportivo. (Foto: Roberto Caldas/Ministerio do Esporte)

A conferência foi promovida pelo Ministério do Esporte e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.

Brasília.- Foi realizado, em Brasília (DF), o Seminário Internacional sobre Integridade e Prevenção à Corrupção no Esporte – Protegendo o Esporte Brasileiro. A conferência, que começou na quarta-feira (22) e seguiu até a quinta-feira (23), foi promovida pelo Ministério do Esporte em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O evento abordou temas relacionados à proteção da integridade no esporte brasileiro.

Entre os representantes do Ministério do Esporte, esteve a chefe de Gabinete Valeska Queiróz. Ele comentou sobre a relevância das discussões propostas no evento. “Este é um momento histórico, porque o desafio vai muito além do Brasil. O mundo necessita desse enfrentamento. E nós, aqui no Ministério do Esporte, nas diversas áreas, temos o compromisso e a convicção do nosso papel na sociedade como impulsionadores da proteção e do combate à corrupção no esporte”, afirmou.

A diretora do UNODC, Elena Abbati, também ressaltou a contribuição do seminário para o enfrentamento à corrupção no esporte. “Este evento é uma demonstração clara de como a cooperação internacional e o diálogo podem gerar soluções impactantes para proteger o esporte e avançar a Agenda 2030.”

“O combate à manipulação é um trabalho integrado internacionalmente, porque uma competição que pode estar acontecendo aqui no Brasil pode estar sendo manipulada lá fora. Portanto, essa articulação com o resto do mundo e com as boas práticas é fundamental”, disse o secretário de Apostas Esportivas e Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco.

Em um dos painéis da conferência, Marina Almeida, coordenadora-geral de Combate ao Tráfico de Pessoas e ao Tráfico Ilícito de Migrantes, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, apresentou a cartilha produzida pelo órgão com orientações para quem vai trabalhar no exterior, incluindo jogadoras de futebol.

“Já houve casos comprovados de tráfico de pessoas no mercado do futebol. E, com o futebol feminino em ascensão, as mulheres se tornam um grupo vulnerável. Portanto, é de extrema importância informar sobre as possibilidades de migração segura e os riscos em relação ao tráfico de pessoas para meninas e adolescentes adeptas do esporte”, disse Almeida.

O secretário Nacional do Futebol e Defesa do Torcedor do Ministério do Esporte, Athirson Mazolli, complementou a fala de Marina. “Uma parceria entre as instituições do futebol e o governo é essencial para combater crimes no esporte. Com o aumento da quantidade de meninas praticando o esporte, especialmente o futebol, precisamos estar alertas. Temos essa preocupação, pois sabemos como o esporte é grandioso, então precisamos fiscalizar e educar”, afirmou Mazolli.

Nos dois dias de evento, a programação debateu temas relacionados à integridade, prevenção e corrupção no ambiente esportivo. De acordo com os organizadores, foi uma oportunidade para compartilhar experiências e aumentar a conscientização sobre os tipos de crimes que podem prejudicar o universo do esporte.

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