CPI das Bets: relatora Soraya Thronicke tem escolta reforçada pela PF por conta de ameaças

Soraya Thronicke é a relatora da CPI das Bets. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Soraya Thronicke é a relatora da CPI das Bets. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O reforça na segurança foi feito inclusive no escritório da senadora no Mato Grosso do Sul.

Mato Grosso do Sul.- A Polícia Federal (PF) está reforçando a segurança da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que é relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, que investiga a influência dos jogos online no orçamento das famílias brasileiras e o suposto envolvimento dessas empresas com atividades criminosas. O aumento na proteção da senadora foi sugerido pela própria PF.

De acordo com o que publicou o Campo Grande News, Thronicke e o presidente da comissão, o senador Dr. Hiran (PP-RR), estão sob escolta 24 horas por receberem ameaças.

“Essa CPI tem o crime organizado envolvido e muito dinheiro. Estamos investigando influencers, inclusive menores de idade. Então a própria Polícia Federal orientou a segurança reforçada. Até meu escritório em Mato Grosso do Sul está sob escolta da PF”, explicou Thronicke.

A CPI das Bets deve votar, nesta terça-feira (26), 29 requerimentos de depoimentos na comissão. Entre os possíveis convocados estão o cantor Gusttavo Lima, que é embaixador da casa de apostas Vaide Bet e o youtuber Felipe Neto, que fez publicidade para a operadora Blaze.

De acordo com o Campo Grande News, a CPI vai ouvir João Studart, CEO da Betnacional, como testemunha, já Marcus da Silva, dono da Sportingbet, será ouvido como investigado. Empresas como UpBet, Multibet e Pix2Pay também estão na mira da comissão.

Além de executivos de casas de apostas, a Comissão pretende ouvir representantes do governo federal, como o Ministério da Justiça, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

A CPI das Bets tem duração prevista de 130 dias. Ela deve parar de dezembro a janeiro por conta do recesso parlamentar e será retomada em fevereiro.

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