CBF recua sobre recursos das apostas e deseja poder negociar diretamente com as empresas
Ministério da Fazenda acredita que modelo de negociação pode comprometer o mercado.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está envolvida em um debate sobre a distribuição dos valores arrecadados com a regulamentação das apostas esportivas e jogos online no Brasil. Inicialmente, a entidade propôs que aproximadamente 5% da arrecadação bruta das apostas fossem repassados tanto a ela quanto aos times de futebol. No entanto, a sugestão incluía um mecanismo para evitar que essa quantia fosse registrada como verba pública, proposta que não foi bem recebida nas negociações.
Agora a situação mudou e a CBF alterou sua abordagem, decidindo não receber diretamente pela lei. Em vez disso, a organização deseja a liberdade de negociar diretamente com as casas de apostas para determinar as quantias destinadas aos organizadores de eventos e equipes. A entidade justifica sua posição alegando que as casas de apostas lucram explorando as marcas e imagens dos times.
No entanto, o Ministério da Fazenda expressa preocupações em relação a essa forma de negociação. A pasta alega que tal abordagem poderia comprometer o setor, especialmente considerando a presença de dezenas de empresas envolvidas.
A situação permanece em discussão, e CBF e o governo devem continuar a debater caminhos sobre a distribuição dos fundos provenientes das apostas esportivas no país.