CPI das Bets: comissão será instalada no Senado nesta terça-feira (12)

CPI foi solicitada pela senadora Soraya Thronicke (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado )
CPI foi solicitada pela senadora Soraya Thronicke (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado )

CPI irá analisar a evasão de divisas, lavagem de dinheiro e a influência de personalidades brasileiras nos programas de apostas.

Brasília.- A CPI das Bets no Senado será instalada nesta terça-feira (12) para investigar o impacto dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras. Durante a instalação, serão eleitos o presidente e o vice-presidente, e o relator será indicado em seguida.

O requerimento para a criação da CPI das Bets, proposto pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), foi endossado por 30 senadores e lido em Plenário em 8 de outubro. O mínimo necessário para sua criação era de 27 assinaturas. A comissão será composta por 11 titulares e 7 suplentes.

Conforme publicação da Agência Senado, a CPI terá 130 dias para concluir seus trabalhos e um limite de despesas de R$110 mil (USD 20.350) Ela investigará a possível associação das empresas de apostas online com organizações criminosas envolvidas em lavagem de dinheiro, além do uso de influenciadores digitais na promoção dessas atividades.

Veja também: Presidente do Senado garante que regulamentação da reforma tributária não deve ofuscar CPI das Bets

Soraya Thronicke afirmou que a CPI irá analisar a evasão de divisas, lavagem de dinheiro e a influência de personalidades brasileiras nos programas de apostas. A suspeita é de que os softwares sejam manipulados para prejudicar os apostadores e garantir lucros elevados para as empresas. A senadora também destacou que o vício em jogos online é silencioso, diferentemente do vício em álcool ou drogas ilícitas.

CPI da Manipulação de Resultados

A CPI das Bets é a segunda a investigar empresas de apostas no Senado. A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, presidida por Jorge Kajuru e com Romário como relator, foi instalada em abril e teve seu prazo prorrogado até fevereiro de 2025. Ela investiga denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas.

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