Universo das apostas: pesquisa aponta que maior parte dos brasileiros quer intervenção forte do governo

Pesquisa ouviu cerca de 2 mil pessoas entre os dias 15 e 23 de outubro de 2024.
Pesquisa ouviu cerca de 2 mil pessoas entre os dias 15 e 23 de outubro de 2024.

A pesquisa foi encomendada pela Febraban e pela CNF.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) encomendaram uma pesquisa sobre a percepção dos brasileiros sobre o universo das apostas esportivas. O levantamento, que foi divulgado inicialmente pela Folha de S. Paulo, indicou que 59% dos entrevistados acham que o governo federal deve fazer uma intervenção forte na regulação e fiscalização do setor.

A pesquisa foi feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e ouviu cerca de 2 mil adultos, de todas as regiões do país. O método usado para ouvir os entrevistados foi entrevista telefônica e questionário online. Os questionamentos foram realizados entre os dias 15 e 23 de outubro. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Outro dado obtido pelo levantamento é o de que 12% dos entrevistados declararam que fazem apostas esportivas, já 21% afirmaram que deixaram de apostar. Entre aqueles que jogam, 24% disseram que apostam todos os dias, enquanto 18% falaram que apostam uma vez por semana.

Ainda sobre os que costumam apostar, 52% afirmaram gastar entre R$ 30 (USD 4,8) e R$ 500 (USD 80,2) mensalmente. Mesmo com o investimento, 52% admitiram perder mais do que ganham com o iGaming

“A pesquisa abre uma enorme lanterna sobre um problema que pode ser diminuído. É um ponto de partida fundamental para a discussão e o enfrentamento do problema, antes que haja um impacto ainda maior no endividamento e na desagregação das famílias”, comentou Marcelo Garcia, especialista em Gestão de Políticas Sociais e consultor da CNF.

De acordo com Garcia, os dados obtidos pela pesquisa permitem aprofundar o debate sobre os impactos das apostas esportivas na economia das famílias brasileiras. Essas informações podem auxiliar o governo e a sociedade a desenvolverem medidas para evitar o vício em jogos.

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