Na CPI, Manssur afirma que regulamentação das apostas deve reduzir manipulação de resultados

Manssur falou sobre a importância de todos os setores se unirem para combater a manipulação. (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Manssur falou sobre a importância de todos os setores se unirem para combater a manipulação. (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

José Francisco Manssur é ex-assessor especial do Ministério da Fazenda.

Brasília.- A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado Federal recebeu, na terça-feira (2), o ex-assessor especial do Ministério da Fazenda, José Francisco Manssur. Ele fez parte da equipe que conduziu as discussões que culminaram na aprovação da regulamentação das apostas esportivas no final de 2023.

Manssur foi convidado para depor na CPI sobre o que pensa em relação à manipulação de eventos esportivos feita por apostadores que oferecem dinheiro para atletas e outras pessoas envolvidas em competições para realizarem ações que beneficiem esses apostadores em detrimento do resultado genuíno de uma disputa.

A manipulação de resultados é péssima para qualquer esporte. Mas não se pode colocar todos no mesmo balaio. A manipulação vinha sendo trabalhada pelo Ministério da Fazenda e agora está com o do Esporte e só trará benefícios a todas as modalidades. Somente quando a regulamentação estiver completa tudo poderá ser minimizado”, disse o ex-assessor especial da Fazenda.

“Todo o ecossistema, que inclui casas de apostas, parlamento, governo e entidades esportivas, precisarão estar coesos e trabalhando pelo bem da atividade”, completou José Francisco.

Manssur afirmou considerar normal o tempo para que a regulamentação seja concluída e esteja funcionando totalmente. “Esse tempo é aceitável, pois são muitos detalhes pensados para trazer segurança, responsabilidade e transparência para o setor”, disse.

Por fim, o ex-assessor da Fazenda comentou sobre as casas de apostas estarem, em sua maioria, empenhadas em seguir a legislação. “Elas buscam de todas as formas cumprir com todos os requisitos que vêm sendo apontados pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda e querem a regulamentação”, concluiu.

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