CPI das Apostas ouve empresário, ex-árbitro e ex-oficial de VAR nesta terça-feira (9)

Senador Carlos Portinho é autor do requerimento para ouvir profissionais que trabalharam com o VAR (Foto: Marcos Oliveira-Agência Senado)
Senador Carlos Portinho é autor do requerimento para ouvir profissionais que trabalharam com o VAR (Foto: Marcos Oliveira-Agência Senado)

Depoimentos foram solicitados pelos senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Romário (PL-RJ).

Brasília.- Nesta terça-feira (9), às 15h30, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas ouvirá três depoimentos. Na primeira parte, serão ouvidos o ex-árbitro Manoel Serapião Filho e o ex-oficial do VAR Rômulo Meira Reis. Em seguida, deporá William Pereira Rogatto, investigado pelo Ministério Público e Polícia Federal por suspeita de envolvimento na manipulação de jogos.

Segundo informações da Agência Senado, o ex-árbitro FIFA Manoel Serapião Filho comparecerá à CPI após aprovação de requerimento do senador Carlos Portinho (PL-RJ). Segundo o senador, Serapião é um dos idealizadores do VAR no Brasil e discutirá as obrigações impostas pela CBF aos árbitros. Rômulo Reis também foi convidado para depor na CPI por requerimento de Portinho.

“Rômulo Meira Reis, em sua função anterior como oficial de integridade do VAR, possui conhecimentos técnicos e práticos sobre os protocolos e procedimentos associados à operação do sistema. Sua convocação como testemunha permitirá que esta CPI obtenha esclarecimentos valiosos sobre questões como a formação e treinamento dos árbitros de vídeo, a aplicação consistente dos protocolos do VAR e eventuais medidas adotadas para garantir a imparcialidade e transparência nas decisões arbitrais”, afirma Portinho.

Já William Rogatto presta depoimento à CPI por requerimento do relator do colegiado, o senador Romário (PL-RJ).

De acordo com o Ministério Público, afirma Romário, Rogatto se apresenta como empresário de atletas, “mas que tem operado na clandestinidade como manipulador profissional mediante a cooptação de jogadores, a venda de resultados arranjados e a realização de apostas”.

A Polícia Federal possui investigação que revela mensagens de Rogatto mencionando pagamentos a jogadores aliciados, apostas fraudulentas e discussões sobre lucros obtidos, conforme registrado por Romário.

“William Rogatto se destaca por conduzir, durante ao menos quatro anos, um poderoso esquema de manipulação de resultados no futebol com atuação nos estados de São Paulo, Sergipe e Distrito Federal, o que o levou a figurar com destaque em duas das mais importantes operações de investigação conduzidas no Brasil. Por esses motivos, torna-se imprescindível que esta CPI colha o depoimento do senhor William Pereira Rogatto”, acrescenta Romário, conforme matéria da Agência Senado.

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