Cenário regulado das apostas no Brasil atrai grandes empresas internacionais como MGM e DraftKings
Mais de 130 empresas já demonstraram interesse de operar de forma regularizada no país.
A regulamentação das apostas esportivas no Brasil, que está no final do processo, atrai atenção de grandes empresas internacionais de jogos de azar, como DraftKings, Hard Rock International e MGM Resorts, que já demonstraram o interesse em adquirir a licença federal através do Ministério da Fazenda.
Segundo uma matéria publicada pela Bloomberg, esse interesse internacional se dá, em parte, pela potencial econômico desse setor no Brasil, um dos dez maiores do mundo, que já movimenta receitas próximas às da Espanha e Holanda, que têm mercado de apostas regulado há mais tempo.
“Estamos animados em ver o Brasil aprovar a legislação de jogos online, e como uma das mais de 100 empresas que enviaram manifestações de interesse não vinculativas, seguimos explorando o potencial de expansão para o Brasil no futuro“, escreveu para a Bloomberg, o vice-presidente sênior DraftKings, Griffin Finan.
“O Brasil vai permitir o jogo online tanto para cassinos quanto para apostas esportivas, e planejamos estar presentes quando isso for lançado”, declarou Bill Hornbuckle, presidente do MGM Resorts International, durante uma teleconferência da empresa, em fevereiro.
A publicação ressalta, que apesar do interesse internacional, a manutenção das pequenas empresas nacionais está em risco, já que a lei exige o pagamento de uma outorga de R$ 30 milhões e ainda um imposto na casa dos 12% sobre as receitas brutas dos jogos, o que nem todas as companhias poderão pagar. “Há muitos players sérios que não conseguirão pagar por esta licença”, disse Darwin Henrique, CEO da Esportes da Sorte.
Mesmo com essa possibilidade, para Wesley Cardia, ex-presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias do Brasil, a formalização do mercado de apostas é importante. “É um dos maiores mercados do mundo, e à medida que é regulamentado e se torna um mercado formal, permite que as empresas entrem e explorem melhor o sistema. E quando você retira do mercado os sites pequenos e pouco conceituados, você agrega consumidores aos grandes”, disse.
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