Atletas de e-sports podem receber parte da arrecadação de impostos das apostas esportivas
Cerca de 3% do recolhimento dos impostos do setor devem ir para o Ministério do Esporte. Uma proposta de emenda sugere que os esportes eletrônicos também recebam uma fatia.
Brasília.- A medida provisória que regulamenta as apostas esportivas no Brasil é um importante passo para que o setor possa dispor de maior segurança para operar e também para que o país possa arrecadar com as taxas e usar esses valores para promover melhoria sociais.
Segundo o texto da MP, 3% das receitas devem ser destinadas ao Ministério do Esporte. Também está previsto que 1,63% do arrecadado com as apostas vá para entidades do Sistema Nacional do Esporte e aos atletas brasileiros ou vinculados a organizações de prática esportiva no país.
Para também ter direito a parte dessa fatia, uma emenda do deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) sugere que os jogadores e equipes de esportes eletrônicos (e-sports) estejam em paridade com as outras categorias de atletas e times do país.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Kataguiri argumentou que os jogos virtuais “representam uma oportunidade de desenvolvimento econômico, inovação tecnológica e geração de receitas para o Estado.”
“Ao direcionar uma pequena porcentagem dos recursos arrecadados pelas apostas para esse setor, estaremos incentivando sua expansão, possibilitando a criação de novos empregos e estimulando a inovação nesse segmento estratégico da economia digital”, explicou o deputado.
Outra emenda que foi proposta sobre a divisão do dinheiro coletado pela MP foi apresentada pela deputada federal Rosângela Moro (União-SP). Ela propõe que 50% das receitas destinadas ao Ministério do Esporte sejam encaminhadas ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e que também um percentual seja usado para incentivar o esporte feminino no país.