Presidente da Caixa reforça intenção de operar apostas esportivas

Carlos Vieira esclareceu os motivos que levam a Caixa entrar no mercado de apostas. (Imagem: Reprodução/YouTube/RedeTV)
Carlos Vieira esclareceu os motivos que levam a Caixa entrar no mercado de apostas. (Imagem: Reprodução/YouTube/RedeTV)

Representante da instituição explicou as estratégias para aumentar arrecadação.

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Carlos Vieira, reafirmou a vontade da instituição financeira de entrar no mercado de apostas esportivas durante uma entrevista para o programa É Notícia, da RedeTV. O banco estatal, que possuiu durante décadas o monopólio dos jogos lotéricos, através das Loterias Caixa, manifestou interesse ao Ministério da Fazenda de operar no mercado de apostas de quota fixa.

De acordo com Vieira, a Caixa só está aguardando a Fazenda publicar a portaria para se inscrever pela licença. O presidente da autarquia explicar o motivo do interesse no setor de apostas. “A gente tem de entrar nesse mercado. A Caixa há algum tempo mantém o mesmo patamar de arrecadação pelas nossas loterias, gerando uma supressão de receitas dos nossos lotéricos. Nós temos todo um plano de expansão e queremos entrar nas bets como um estímulo a esse mercado”, afirmou.

Vieira argumentou que parte dos bilhões de reais que as apostas podem gerar beneficiariam diversos projetos sociais. “As loterias da Caixa, do ponto de vista da arrecadação, 46% é distribuído na forma de benefício social, seja no esporte, saúde, educação, nós estaríamos fazendo uma composição no sentido dessa arrecadação ir para a sociedade de forma direta”, declarou.

Além das bets, a Caixa, segundo o presidente, tem como prioridade a volta das operações da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex). “Estamos em um momento de lançar uma nova loteria. Um resgate da instantânea, que o brasileiro popularmente chamou de ‘raspadinha’. Além da rede lotérica, vamos distribuir a nova modalidade na rede dos Correios”, explicou.

Por fim, Carlos comentou sobre uma possível transferência das Loterias Caixa para uma empresa privada, tema que vem gerando diversas discussões entre os funcionários do banco público e políticos. “A Loterias Caixa é 100% da Caixa. Não existe num horizonte de tempo uma expectativa que você vai buscar um sócio para essa empresa”, disse.

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