Ex-árbitro acusado de envolvimento em manipulação de resultados fica em silêncio durante depoimento à CPI no Senado
Senadores planejam solicitar a quebra do sigilo financeiro do ex-árbitro.
Brasília.- O ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha, implicado em um áudio entregue por John Textor no qual reclama de não receber propina para manipular um jogo, optou por ficar em silêncio durante seu depoimento à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado, realizado na segunda-feira (13). A informação foi publicada pelo o jornal O Globo.
O depoimento de Glauber aconteceu em reunião secreta. Apenas os senadores Jorge Kajuru, Romário, Carlos Portinho e Eduardo Girão estiveram presentes durante toda a sessão. Diante do silêncio de Glauber, os senadores planejam solicitar a quebra do sigilo financeiro do ex-árbitro. No entanto, o pedido ainda não foi votado.
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No áudio, que chegou ao poder da comissão por meio de John Textor, Glauber alega ter tentado influenciar o resultado do jogo, porém não conseguiu garantir um placar favorável.
“Eu apitei, pô. Apitei. Entendeu? Deixei de ganhar muito dinheiro também. Mas o que eu podia fazer, eu fiz. Não é fazer loucura, igual eu não fiz. O cavalo passou selado e eu montei nele. Aos 16 minutos eu dei um pênalti “pros” caras. Entendeu? Aquele pênalti 50%? Eu dei, pô. Os caras, porra, bateram o pênalti na trave. E depois eu fiquei dando tudo para os caras. O pênalti que eu dei foi de agarra agarra dentro da área. Depois ninguém se agarrou mais, não teve mais como. E a bola não quis entrar. Dei oito minutos de acréscimo no segundo tempo”, disse o envolvido na gravação.
Glauber do Amaral Cunha, natural de São Gonçalo, encerrou sua carreira de árbitro em 2023 devido a reprovação nos testes físicos e técnicos da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj). Seu histórico inclui apenas cinco jogos apitados, conforme registros do site “O Gol”: um no Campeonato Carioca Feminino de 2018, um no Carioca Sub-20 de 2021, um na Série C do Carioca de 2022 e dois na Série B2 do Estadual de 2022.